dois mil e vinte quatro motivos para sonhar

"Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito". Machado de Assis, como se esquece algo inesquecível? Em todos estes anos de incríveis inspirações e pontuais poesias, dois mil e vinte quatro mostrou que, mais uma vez, jamais deveria romantizar o dantesco dissabor de uma saudade. A saudade de você. Se o ano começou a poucos metros do seu abraço, agora ele termina a uma distância imensurável. O amor tem um plano para todos nós. O destino é inexorável, a vida é um convite, todas as audaciosas ações se entrelaçam para moldar um caminho. Nosso caminho. Onde está você agora? Hoje teria dois mil e vinte quatro adjetivos para detalhar cada memorável momento ao seu lado, mas também teria dois mil e vinte cinco motivos para ter você ao meu lado novamente. Você é demais. Todo grande passo começa por um baby step. Você sempre soube. Sempre soube que era você.

devaneios de uma contínua saudade

Nestes tempos de tanta incerteza, jamais imaginei que um sorriso pudesse inquestionavelmente mudar os meus dias. Entretanto, indubitavelmente, hoje também consegui entender a falta deste singular sorriso. Saudade. Não existe poesia sobre a saudade. Não deveríamos romantizar a ausência de um abraço apertado. A inspiração parece se dispersar, assim como seus beijos. Os dias parecem menos coloridos, as noites mais frias e a sua falta mais intensa. Nem todos os bens do mundo me fariam bem como você consegue fazer. Nem mesmo o dicionário pode descrever esse dantesco dissabor que sua falta me traz. Quem dera pudesse, em um estalar de dedos, devastar a distância e viver a verdadeira versão desta insólita história. Talvez nunca saberemos. Talvez seja um pouco mais simples entender os segredos do universo do que os segredos do coração de uma mulher. Você é mais que demais. Francamente, "quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração"? Hoje, incontestavelmente, eu não sei "e tá tudo bem"...

um passado de desilusões, um futuro de incertezas e um presente...

"Muito especial lembrar inicialmente nossa afinidade. Antes de rememorar tais memoráveis momentos, é preciso entender os atuais aspectos deste insólito entusiasmo. Alguns diriam sentimento, outros mais céticos uma afeição. Especialistas de emoções diriam uma paixão. Eu diria apenas seu nome. Mas escrever sobre esta inominada sensação nunca foi tão difícil. Os velhos hábitos de inspiração não fazem mais sentido. As músicas tristes de outrora já não são suficientes para simplesmente surgirem as frases e frações de um amor. Poetizar sobre as dantescas desilusões sempre foi mais fácil. Mas não agora. Não mais. As palavras apenas aparecem quando lembro de como é estar contigo e apreciar seu sorriso, de como é ter a certeza de que a sua brilhante e imensurável beleza é apenas a menor de todas as suas vistosas virtudes. O que posso dizer? As perfeitas poesias amam/traduzem seu nome. Não preciso de todas as respostas, mas, misteriosamente, só preciso de você."

distantes dias de uma inesquecível inspiração

"Já poetizei sobre a saudade, já criei inúmeras e insólitas formas de descrever o que é amor e o que é amar, já manifestei todos as fantásticas frases e frações de uma platônica paixão. Em todas as minhas palavras passionais e poemas peculiares, sempre tive a certeza de que você era a resposta para todos os questionamentos. Por muitos anos as fotos do seu sorriso estiveram intactas, as músicas dos nossos domingos ainda tocavam em algum ambiente, o som da sua voz ainda era a melhor memória. Hoje, porém, toda a inspiração se foi com o seu sorriso secreto, com os dantescos e distantes domingos. Não há amor que não seja amar você, entretanto, não tão sutilmente quanto parece, não há mais amor, não há mais amar e, infelizmente, não há mais você. Talvez o amor seja apenas uma grande ilusão. Talvez a saudade seja apenas uma suspeitosa sensação. Talvez só precise ser você para não precisar de mais nada. Talvez..."

mistérios de uma insólita saudade

"Entre inúmeros e insólitos imprevistos nos mais alheios pensamentos, eis que seu nome ecoa numa segunda de saudade e numa noite nostálgica. Se um dia disseram que a voz é o primeiro detalhe que esquecemos de alguém, certamente não ouviram seu jeito característico e singular de falar sobre nós. A sua falta vai muito além dos abraços apertados e dos carinhos calorosos. Talvez jamais sejamos nós outra vez, mas, por um momento imensurável, você, pequena, foi a resposta para todos os meus questionamentos, você foi a música para os meus ouvidos, você foi a beleza para os meus olhos e, sutilmente, você foi o amor do declarado coração. Um sorriso sensível transforma uma tristeza temerária. Talvez hoje eu só precisasse lembrar do seu singular sorriso e da sua voz vibrante. Talvez não precisasse sentir aquela velha e verídica solidão de outrora. Mas onde está você agora? Não preciso de todas as respostas, mas, misteriosamente, só preciso de você."

improvável destino de um distante amor

 "Não existe poesia sobre a saudade. A inspiração parece se dispersar assim como seus beijos. Os dias são menos coloridos, as noites são mais frias e a sua falta mais intensa. Nem todos os bens do mundo me fariam bem como você fez. Entre frases e frações de memórias, seu sorriso é imagem ilustre e inesquecível. Também não deveria existir qualquer poesia acerca das imprevisibilidades do amor, mas amar você é completamente uma história surreal e sem explicações. Para além do seu característico carinho e da sua brilhante beleza, existe um coração caloroso. Para além do seu apaixonado abraço e do seu bárbaro beijo, hoje, infelizmente e não tão sutilmente, existe uma amarga saudade. Jamais conseguirei decifrar os motivos que me trouxeram você depois de tantos anos. Dificilmente algum dia encontrarei alguma razão para esse inesperado. Mas onde está você agora? Assim como a saudade e a imprevisibilidade desse amor, também não consigo encontrar tal solução para esta pergunta. Apenas sei que seu nome ainda é a resposta, pequena."

um longo caminho até a saudade

 "Hoje sonhei com você. Simplesmente passei na sua frente, os olhos se cruzaram e cada um seguiu seu caminho. Sempre disse que os sonhos são continuações inexplicáveis dos nossos desejos. Então, incompreensivelmente, neste mesmo sonho, paramos de andar em direções distintas, caminhamos no mesmo sentido, olhei nos seus olhos, dei um beijo e disse que estava com saudade. Mais do que caminhar no mesmo sentido, é perceber que tenho sentido sua falta em cada segundo. A saudade está nas músicas aleatórias que só você gosta. A saudade é ouvir seu apelido característico em outros contextos. É receber uma novidade notória e saber que você não vai estar lá no final do dia para ouvir. É procurar seu olhar nos nossos caminhos e não encontrar seu sorriso. Ainda que acreditasse em todas imprevisibilidades incríveis do amor, não imaginava ser ousado ou otimista a ponto de encontrar uma grande paixão. Até que nossos caminhos (novamente) se cruzaram. Só precisa ser você para não precisar de mais nada. É, tem sido você, ainda é você. Freud explica? Eu explico para você, pequena: saudades."